setembro 30, 2004

amanhã...

Tu disseste "quero saborear o infinito"
...
Eu disse "o que é que isso interessa?
"Tu disseste "...nada"
...
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"

setembro 29, 2004


já está o dia a acabar, mas ainda vou a tempo de dar os meus sinceros parabéns à 'miúda' mais inteligente da BD internacional! PARABÉNS MAFALDA!!!!!! :D
para quem estiver interessado, poderá ainda ver, que tipo de criatura mística vive dentro de si...
é só clicar aqui.
para quem me conhece... tentem só adivinhar o que sou eu... ora, as hipóteses são: sereia, vampiro(a), dragão, fada, lobisomem, anjo...
para a semana direi o resultado do meu teste! :)

what season are you?

eu? a estação de que eu mais gosto... :)


orange
You're [I'm] a Summer. You're just a ball of energy that is constantly going on and on!! You're kinda like the energizer bunny. lol. But your probably really athletic and even if you're not, you'd be good in sports because of all your energy. You're enthusiastic about everything you do and find it hard not to be happy. You're usually pretty optimistic but can be realistic when needed. You always hope for the best to turn out and many times they do. Sometimes though, you let your temper get the best of you but you apologize as soon as you can because you hate people being angry with you. You're friends love how active you are and you make them feel like they can do anything crazy if they want to.

setembro 28, 2004

Mangaldas, ritmos e sons da Índia

Ontem fui ver o espectáculo de Aditi Mangaldas, ao Teatro Académico de Gil Vicente, na cidade da saudade, com a minha mana.
Aditi, indiana de corpo e alma, nascida em Nova Deli (capital da Índia), regressou a Portugal passando, desta vez, também por Coimbra.
O espectáculo já tardava... Eram 22h e o público juntava-se no bar do TAGV. Adivinhava-se uma casa cheia. As portas abriram e a sala depressa começou a fervilhar de curiosidade, para ver a rainha do kathak.

Apagaram-se as luzes... e abriu-se a cortina...



Aditi Mangaldas

Aditi Mangaldas, desde cedo enveredou pela dança. Em reuniões de família, saltava para cima da mesa e "não dispensava os aplausos". Embora não houvesse ninguém na família ligado à dança, a sua escolha fora respeitada. Foi assitida por professores conceituados na área do kathak, com quem viria a aprender a "essência da dança, a necessidade de liberdade criativa, o arrojo e a relação do corpo com o espaço que o rodeia".
Embora execute com rigor as técnicas do kathak, Aditi dá-lhe forma e alma, aplicando-lhe a sua visão contemporânea, juntando-lhe influências do ioga.

O Kathak
é na Índia, uma das seis danças clássicas com maior importância e é considerada uma das mais dinâmicas artes de palco do mundo. A sua origem remonta ao tempo em que, artistas nómadas do norte da antiga Índia - kathakas - narravam histórias de conteúdo épico, moral e mitológico, nos templos e praças das povoações, com recurso à dança, música e mímica. Enriqueciam os recitais enfatizando os gestos de mãos e expressões faciais.
Gradualmente entrou nas cortes dos dirigentes hindus e muçulmanos, passando a emergir grupos de dançarinas e cortesãs cuja função era o mero entretenimento dos palácios. A meio do século XVIII, começa a dar-se a verdadeira revolução do kathak e, a partir daí, é enquadrado num elevado estauto da arte da dança tradicional.
A técnica do kathak actual baseia-se num trepidante bater de pés (nus), que corresponde a ritmos complexos e movimentos corporais por vezes estonteantes, em diálogo com os sons da percussão,
pakhawaj [espécie de djambé], sarangi [instrumento de cordas] ou vocais. [Acompanhados ainda pelos ghungroo regidos pelos movimentos de Aditi].
O kathak deu origem a várias escolas na Índia que correspondem a diferentes características, mas com um traço comum: não abalaram a sua tradição.

(in Programa do espectáculo)



O espectáculo

1ª parte

texturas de som
vestes negras, percorrem o palco acompanhando o ritmo dos sons e das vozes, "cria[ndo] padrões espontâneos e desenha[ndo] novas paisagens sonoras".

texturas de silêncio
vestes brancas. o silêncio cai na sala. e ele move-se... e dos movimentos se faz música...
"Poderemos ouvir a música do silêncio?"

2ª parte

verão / solo
vestes vermelhas, cor de sangue...
"o fogo que me consome a alma, devora também o meu corpo"

texturas de paixão
vestes negras e ventos fortes, "caprichosos e incontroláveis"...
"ondas de total abandono devoram-nos e atiram-nos para o desconhecido absoluto"

e de cores, sons e movimento se fez este espectáculo, onde até a água marcou presença...

setembro 23, 2004

a strange kind of feeling...

pude verificar "ao vivo e a cores" que, este HOMEM, não tem idade...
nunca pensei poder assitir, ao vivo, a um concerto de uma das vozes que me deu som aos dias, durante a minha adolescência, tanto nos Bauhaus como a solo.
foi um concerto como nunca vi...
simplesmente belo... tanto musical como esteticamente...
fica a saudade...


acenderam-se as velas...
...eis quem nos embala....


Peter Murphy, Festival Sudoeste'02


A strange kind of love
A strange kind of feeling
Swims through your eyes
And like the doors
To a wide vast dominion
They open to your prize

This is no terror ground
Or place for the rage
No broken hearts
White wash lies
Just a taste for the truth
Perfect taste choice and meaning
A look into your eyes

Blind to the gemstone alone
A smile from a frown circles round
Should he stay or should he go
Let him shout a rage so strong
A rage that knows no right or wrong
And take a little piece of you

There is no middle ground
Or that's how it seems
For us to walk or to take
Instead we tumble down
Either side left or right
To love or to hate

setembro 19, 2004

descubro uma nova paixão de cada vez que ouço Tindersticks... antes era a another night in que ouvia sem cessar. agora raindrops...
.............................perseguem-me................................
.............e eu corro atrás...............

silence is here again
tonight

Aqui está... sim, estive lá. Tal como descrevi aquando do concerto, os sons trespassaram-me através do chão de madeira do Coliseu dos Recreios... nunca mais esquecerei essa sensação, nem o som do violino...

e o alinhamento foi...

city sickness
say goodbye to teh city
running wild
no more affairs
she's gone
buried bones
if she's torn
tiny tears
cherry blossoms
el diablo en el ojo
a night in
bathtime
raindrops

1º encore
whiskey & water
blood

2º encore
let's pretend
travelling light

3º encore
patchwork



e o violino gritou...

setembro 15, 2004

tinderballad

Raindrops


Coliseu dos Recreios, Lisboa, 16 de Abril'04
(e eu estive lá...)

Silence is here again tonight
The silence is here again tonight
Will the love ever come back?
Will the love ever come back?
I know I've been pushing you away
I know it's been going on for days
Those awkward little things
So endearing
Those awkward little things
Wear on me
See, what we got here is a tired love
What we got here is a lazy love It mooches around the house
Can't wait to go out What it needs, it just grabs
It never asks We sit and watch the divide widen
We sit and listen to our hearts who crumble
With our only chance to jump
Neither of us had the guts
Or maybe we're just too proud
To say it out loud
Silence is here again tonight
Silence is here again tonight


Tindersticks

setembro 14, 2004

our blindness...

O Cego

Ele caminha e interrompe a cidade,
que não existe em sua cela escura,
como uma escura rachadura
numa taça atravessa a claridade.

Sombras das coisas,
como numa folha,
nele se riscam sem que ele as acolha:
só sensações de tato,
como sondas,
captam o mundo em diminutas ondas:
serenidade; resistência -

como se à espera de escolher alguém,
atento,
ele soergue,
quase em reverência,
a mão,
como num casamento.

Rainer M. Rilke


A alguém que eu conheço e que consegue passar por cima de todos os obstáculos! À Guida...

setembro 07, 2004

medúlla...


aqui está mais um fantástico cd da mais conhecida islandesa. e, para não variar, com um fantástico leque de músicas que nos transportam para aquelas maravilhosas paisagens, em que o fogo e o gelo são amigos íntimos...entre elas se ouve Oceania, música interpretada por Björk na abertura oficial dos Jogos Olímpicos, Atenas 2004.
como se já não bastasse... ainda podemos contar com a presença do GRANDE senhor
Mike Patton...
que mais posso eu desejar...?!


Oceania

One breath away from mother Oceanía
Your nimble feet make prints in my sands
You have done good for yourselves
Since you left my wet embrace
And crawled ashore
Every boy, is a snake is a lily
Every pearl is a lynx, is a girl
Sweet like harmony made into flesh
You dance by my side
Children sublime
You show me continents
I see islands
You count the centuries
I blink my eyes
Hawks and sparrows race in my waters
Stingrays are floating
Across the sky
Little ones, my sons and my daughters
Your sweat is salty
I am why
I am why
I am why
Your sweat is salty
I am why
I am why
I am why

setembro 05, 2004

gumes... nas horas afiadas...

i saw the best minds of my generation destroyed by madness, starving hysterical


Na noite que se avizinha, um mar de gatos com cio invade os sotãos, ensanguentando as memórias com a dor pungente dos dias em que o gume, o terrível gume das horas afiadas, rasgava os espíritos. Já o clarão das ruas toldava os cérebros com angústias venenosas e vertigens de suicídios sonhadores, na vontade de fugir ao inóspito vazio do tempo da ausência...

eyes...


setembro 02, 2004

regresso...

estou de regresso. cheguei na 3a feira de umas curtas, mas saborosas férias em porto côvo. e que bem que souberam... uhmmmm! :)
resta-me agradecer aos amigos irene, soraia e luís, que me deram esta oportunidade...
muito obrigada!


Praia do Samouqueiro, Porto Côvo